Achamos tão pertinente, que resolvemos
transcrever para este Blog.
Fonte: Facebook. Publicação em 31 de Outubro de
2016 às 13:01 ·
Autor: Breno Herrera
Alô amiguinhos da esquerda! Será que agora podemos começar a tão necessária - e já tardia - autocrítica? Será que podemos descer do pedestal intelectualóide que construímos para nós mesmos?
Não falamos a linguagem do povo.
Não contribuímos na organização da classe trabalhadora. Preferimos infindáveis
discussões teóricas com nossos pares, regadas a chope gelado e citações dos
Grundrisse, que efetivamente nos aproximarmos dos pobres. Fabricamos nossa
própria bolha - onde todos são descolados e libertários - e adoramos estar
dentro dela, criticando, criticando e criticando...
Nossa verve crítica, sempre
apontada aos outros, deve agora se voltar a nós mesmos, corajosamente.
Vaidade e descolamento da
realidade estão acabando conosco. Saibamos reconhecer nossos erros.
Comentário: Marcio Augusto Mendes Pinto
A fala é:
"Nós fazemos política na
rua!"
Mas em que rua ?
E as vielas ?
E os larguinhos do subúrbio?
Falar de religiosidade é mole,
quero ver é a fazer do projeto de governo um projeto de melhoria das vidas do
nosso povo!
Se aproximar do povo no dia a
dia.
Quer conquistar o povo com 40
dias de campanha?
Tem enganação na igreja?
Tem, e muita, mas a igreja está
lá todos os dias, perto do povo, e não podemos generalizar!
O Rico escolhe aquilo que quer, o
pobre não escolhe, o pobre aceita aquilo que ele precisa.
Comentário: Rogério Rocco Breno
Querido, muito sábias palavras!
Acho que o debate é fundamental e temos que exercitá-lo. Em minha opinião,
nosso projeto de esquerda foi sepultado pelo governo do PT, para o qual
dedicamos uma geração de esforços, mas que nos traiu com um governo de coalizão
com o que sempre colocamos como motivo das injustiças no Brasil. O PT não fez
e, institucionalmente, não fará autocrítica. O PCdoB também não! Alguns setores
das novas esquerdas são capazes disso, porque não estão lambuzados pelo doce mel
do aparelhamento do estado. Mas penso que a autocrítica já não é capaz de
reconstruir esse projeto. Na verdade, temos que repensar muito mais do que os
resultados eleitorais. Temos que encontrar o caminho da atuação política cibernética
- que é o que pode abrir novos horizontes para a participação política. E para
isso, nem esquerdas, nem direitas estão preparadas ou mobilizadas, nem nós
mesmos. Os Hackers são um dos caminhos para as novas formas de participação, a
meu ver. Mas ainda estamos muito longe dessa ideia, senão de uma concepção
pobre de produção virótica que danifica computadores...
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