3 de novembro de 2016

Moradores reclamam de falta d'água em Guapimirim, no RJ.


Reservatórios que abastecem município da Baixada estão quase secos. Prefeitura adotou esquema de rodízio para abastecimento.

A falta d’água atinge moradores de Guapimirim, na Baixada Fluminense. Eles reclamam que o abastecimento é cortado sem aviso. Muita gente chega a pegar água no rio Soberbo, que corta a cidade.

O problema é que o rio nem sempre tem água. Quando não chove, sobram apenas pedras. “Há mais de 20 dias a gente não via uma gota”, reclama o presidente da Associação de Moradores de Guapimirim.

Por causa da falta de chuvas, a prefeitura adotou o esquema de rodízio para o abastecimento. Os dois reservatórios da concessionária: Fontes da Serra, que abastecem o município, estão com capacidade abaixo do normal. Em algumas casas, a água só entra em algumas horas do dia.

“Tem que ficar de olho na torneira. Catar água e economizar bastante”, alerta uma moradora.

Barragem para falta d'água
O projeto do Governo do Estado para a construção de uma barragem no rio Guapiaçu, em Cachoeiras de Macacu, na Região das Baixadas Litorâneas do Rio, está em fase adiantada, revelou o secretário de ambiente André Corrêa, no último dia 22 de Outubro. A estrutura reforçaria o abastecimento de água para Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana, afetados pela crise hídrica. Segundo o secretário, o estudo de impacto ambiental e projeto executivo ficarão prontos até o fim de novembro.

A grande polêmica no entorno da construção é que agricultores da região teriam que ser realocados. O local é uma das áreas agrícolas mais produtivas do estado, sendo responsável principalmente pelo cultivo de aipim. Um projeto alternativo, que sugeria a construção de três barragens menores, sem a necessidade de tantos agricultores deixarem a região, chegou a ser apresentado ao governo.


"A decisão do governo é fazer as duas coisas. Uma coisa não exclui a outra. A grande dificuldade nesse projeto da barragem de Guapiaçu é de natureza fundiária. A gente não vai sair atropelando, as pessoas têm identidade com a terra. Óbvio que são 80 pessoas de um lado e três milhões do outro. Essa barragem é importante para três milhões de pessoas. Mas essa coisa não pode ser só aritmética. Essas pessoas vivem em um terreno com assentamento do INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) que, mesmo que eu queira indenizá-las, eu não posso nem paga-las. As terras não são delas. Recurso a gente tem. Hoje o que eu preciso resolver é esse imbróglio jurídico de como não ser injusto com as pessoas”, explicou o secretário.

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